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Esta é uma área dedicada às publicações que derivam do projeto "A experiência da criança na linguagem: a aquisição das regras de conversação". Há uma breve apresentação do que tratam os textos e, em seguida, o link para download/leitura. 

Publicações

Tese de doutorado

Aquisição da linguagem : o aspecto vocal da enunciação na experiência da criança na linguagem, de Marlete Sandra Diedrich.

Nosso tema de investigação é o papel do aspecto vocal da enunciação na manifestação da experiência da criança na linguagem. Trabalhamos com a hipótese geral de que, se a enunciação, enquanto fenômeno geral, é a apropriação da língua pelo locutor, o qual, assumindo sua posição de sujeito, implanta o outro diante de si, há, na aquisição da linguagem, um funcionamento particular do aspecto vocal da enunciação, enquanto fenômeno específico, constitutivo da relação de cada criança com o(s) outro(s) de suas relações, por meio do qual se realiza a tríade homem-linguagem-cultura, capaz de revelar a experiência singular da criança na linguagem. Movidos por essa hipótese, elegemos como objetivo geral: Explicitar como a especificidade do aspecto vocal da enunciação constitui a relação homem-linguagem-cultura no ato de aquisição da linguagem, manifestada na experiência da criança na linguagem. Para alcançarmos esse objetivo geral, perseguimos os seguintes objetivos específicos: 1) descrever o que é próprio do aspecto vocal da enunciação no ato de aquisição; 2) identificar, no quadro formal de realização da enunciação, como o aspecto vocal se manifesta na constituição desse quadro no ato de aquisição e de que forma afeta a conversão da língua em discurso; 3) explicitar, por meio dos fenômenos derivados do aspecto vocal da enunciação, a singularidade da criança que se apropria da língua por meio do discurso marcado pelos vestígios de sua cultura em sua experiência na linguagem. Em nossa fundamentação teórica, ganham relevo quatro problemáticas benvenistianas que nos possibilitaram definir o aspecto vocal da enunciação como arranjo integralizador do discurso implicado na emissão e na percepção dos elementos vocais da língua em atos individuais. A partir dessa definição, relacionamos o aspecto vocal à experiência da criança na linguagem. Em nossa metodologia, propomos uma análise translinguística de fatos enunciativos que marcam a experiência de uma criança cujas enunciações acompanhamos por sete meses: dos dois anos aos dois anos e sete meses de idade. A análise se pauta nos propósitos significantes sobre a significância discutidos por Benveniste e que se realizam na experiência da linguagem por meio da interpretância da língua em relação aos demais sistemas. Essa experiência revela o semantismo social incorporado ao vocal e evocado a cada relação de interpretância da língua: a criança, portanto, ao mobilizar arranjos vocais em sua enunciação, apropria-se do geral da língua e, por sua vez, da cultura nela impressa, para nela(s) singularizar-se. Os arranjos vocais constitutivos dos atos de emissão e de percepção permitem, assim, que a criança, por estar imersa em esquemas culturais, instaure-se no aparelho formal vocal da língua, para se singularizar como sujeito da/na linguagem.

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Artigos publicados

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Este trabalho procura responder de que modo, considerando uma concepção enunciativa de linguagem, a criança em seu ato de aquisição da linguagem faz renascer o acontecimento e a sua experiência do acontecimento. A reflexão está embasada na teorização enunciativa de Émile Benveniste, que insere a comunicação intersubjetiva no centro da língua em ação. Além disso, com inspiração no filósofo Giorgio Agamben, que dialoga com a reflexão benvenistiana para tratar da relação entre infância e história, busca-se deslocar a questão de Benveniste (1995, p. 27) “Por que indivíduo e sociedade, juntos e por igual necessidade, se fundam na língua?” para “Por que criança e sociedade, juntas e por igual necessidade, se fundam na língua?”. Assim, neste movimento de reflexão do ato de aquisição da linguagem, a partir das relações homem-linguagem/língua-sociedade/cultura, o texto está organizado em três seções: na primeira, é constituída uma concepção antropológico-cultural de homem atrelada a uma noção simbólica de linguagem; na segunda, é deslocada essa teorização linguístico-cultural para a reflexão sobre o ato de aquisição da linguagem e na terceira busca-se, por meio da análise de um fato enunciativo do ato de aquisição da linguagem, amarrar a discussão presente nas seções anteriores.

O aspecto vocal da enunciação na experiência da criança na linguagem, de Marlete Sandra Diedrich.

O aspecto vocal da enunciação, proposto por Émile Benveniste, configura-se tema de reflexão na busca de compreendermos a experiência da criança na linguagem, a qual é vista, neste artigo, como resultado da tríade homem-linguagem-cultura. Para tanto, apoiamo-nos em ideias de Benveniste, as quais favorecem um olhar para a relação homem e linguagem como constitutiva do ser. Nessa relação,encontramos um universo cindido, marcado por descontinuidades: natureza e cultura, som e palavra, semiótico e semântico. Sendo assim, vemos no aspecto vocal da enunciação um elemento de passagem, capaz de unir existências. Essa passagem se dá marcada por valores culturais constitutivos da linguagem e revela um sujeito que advém da enunciação.

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The experience of the social semantism embedded to the vocal aspect of enunciation on language acquisition, de Marlete Sandra Diedrich.

This article aims to explicit how does the specificity of the vocal aspect of enunciation constitutes the relationship man, language, and culture in the act of language acquisition. Therefore, it focuses on the role of vocal arrangements on children’s language. The analysis is based on the significant purposes about the significance discussed by Benveniste, which are executed in language experience through language interpretation regarding other systems. This experience reveals the social semantism embedded to vocal and evoked in each relation of language interpretation: the child, thus, by mobilizing vocal arrangements in its enunciation, seizes the general on language and, on the other hand, the culture it holds, in order to obtain singularity through it. The constitutive vocal arrangements of the emission and perception acts allow, thereby, that the child, as immersed in cultural schemes, establish itself on the formal vocal language set, in order to obtain singularity as subject of/on language.

Os registros da experiência da criança na linguagem: o ato enunciativo de transcrição, de Marlete Sandra Diedrich.

Este artigo aborda a atividade de transcrição envolvida nas pesquisas com fatos de linguagem de criança nas quais os arranjos vocais ganham destaque na análise. Tem por objetivo refletir acerca da atividade de transcrição de fatos de linguagem da criança, a partir de uma perspectiva enunciativa aquisicional. A especificidade desse ponto de vista reside no seguinte aspecto: nos fatos de linguagem da criança marcados por arranjos vocais, o gesto interpretativo do transcritor precisa recair sobre formas discursivas nem sempre coincidentes às da língua, característica da aquisição da linguagem, além de dar conta do registro por escrito de aspectos advindos da manifestação vocal da língua. Com base em princípios derivados dos estudos do linguista Émile Benveniste sobre enunciação, entende-se a transcrição como um ato enunciativo, o que coloca em destaque a figura do transcritor e a relação de interpretância que este estabelece com os fatos analisados.

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Marcas de monitoramento na enunciação da linguagem da criança, de Marlete Sandra Diedrich.

O propósito deste texto é, na perspectiva epistemológica da Teoria da Enunciação, discutir a forma como a criança se constitui como sujeito do seu discurso. Para tanto, focalizamos nosso interesse nas marcas de monitoramento do discurso infantil, capazes de revelar a singularidade de cada enunciação produzida pela criança sujeito da pesquisa. Percebemos, com nossa análise, que tais marcas apontam para a tentativa de o falante controlar o seu dizer em função das características presentes e decorrentes do aqui-agora do ato enunciativo.

A experiência da criança na linguagem, de Carmem Luci Costa Silva e Marlete Sandra Diedrich.

Este trabalho procura responder de que modo, considerando uma concepção enunciativa de linguagem, a criança em seu ato de aquisição da linguagem faz renascer o acontecimento e a sua experiência do acontecimento. A reflexão está embasada na teorização enunciativa de Émile Benveniste, que insere a comunicação intersubjetiva no centro da língua em ação. Além disso, com inspiração no filósofo Giorgio Agamben, que dialoga com a reflexão benvenistiana para tratar da relação entre infância e história, busca-se deslocar a questão de Benveniste (1995, p. 27) “Por que indivíduo e sociedade, juntos e por igual necessidade, se fundam na língua?” para “Por que criança e sociedade, juntas e por igual necessidade, se fundam na língua?”. Assim, neste movimento de reflexão do ato de aquisição da linguagem, a partir das relações homem-linguagem/língua-sociedade/cultura, o texto está organizado em três seções: na primeira, é constituída uma concepção antropológico-cultural de homem atrelada a uma noção simbólica de linguagem; na segunda, é deslocada essa teorização linguístico-cultural para a reflexão sobre o ato de aquisição da linguagem e na terceira busca-se, por meio da análise de um fato enunciativo do ato de aquisição da linguagem, amarrar a discussão presente nas seções anteriores.

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A interpretância da língua em relação às funções inter-humanas do discurso na aquisição da linguagem via aspecto vocal da enunciação, de Marlete Sandra Diedrich.

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